“Homem que matou Plutão” parece ter encontrado outro planeta

Quem é de uma geração mais antiga aprendeu uma outra formação do nosso sistema solar. Isso porque, até 2006, Plutão ainda era considerado um planeta. No entanto, em tal ano, Mike Brown, da Caltech, causou um alvoroço na comunidade da astronomia e fez com que a União Astronômica Internacional (IAU) rebaixasse Plutão da categoria de planeta.

Agora, 15 anos depois, Brown quer o reconhecimento de um novo corpo como um “novo” nono planeta do sistema solar. Junto com seu colega Konstantin Batygin, Brown afirma que descobriu um objeto na borda do Cinturão de Kuiper, lugar bem escuro e frio e formado por asteroides, cometas, e Plutão. A descoberta feita por eles, em tese, atende aos parâmetros do que faz de um planeta, um planeta.

No entanto, o problema é que os pesquisadores ainda não tiveram nenhuma imagem ou qualquer outro tipo de visualização. A descoberta deles se limita a eles terem percebido uma atração gravitacional fora do comum de outros corpos em uma região específica.

“Certamente, existe uma força gravitacional que aponte para isso”, disse Brown.

Em seguida, ele disse que, caso sua descoberta seja confirmada, ela colocará esse novo planeta como o quinto maior do sistema solar. Ou seja, nosso planeta cairia uma posição no ranking de tamanhos.

No entanto, Brown e Batygin ainda não sabem quando poderão estudar mais a sua descoberta e, se derem sorte, confirmarem-na. Os dois especulam que o telescópio espacial James Webb poderá ser uma grande ajuda no futuro da pesquisa deles.

Todo esse alvoroço vem com um pouco de desgosto da comunidade científica junto, justamente por envolver Mike Brown. E para entender isso é preciso saber toda a história.