As três pirâmides de Gizé foram construídas como túmulos por três reis (ou faraós) do antigo Egito, durante a quarta dinastia do império (2613–2494 a.C). Elas foram erguidas no planalto de Gizé, onde era localizada a antiga capital do Egito, Mênfis, informa o ministério do país árabe.
A pirâmide de Quéops, também conhecida como a Grande Pirâmide, é a mais antiga e também a mais alta das três. Construída pelo faraó Quéops por volta de 2560 a.C, ela foi o edifício mais alto de todo o mundo por mais de 3800 anos.
Originalmente, a pirâmide de Quéops tinha 481 pés, ou 146 metros de altura. Entretanto, suas camadas externas, compostas por um revestimento de calcário branco polido que refletiria os raios do sol, se desprenderam devido aos milhares de anos de erosão. Com isso, a pirâmide está mais baixa do que sua altura original, alcançando 138 metros de altura.
As pirâmides de Quéfren e Miquerinos
As outras duas pirâmides que integram o complexo de Gizé foram construídas para Quéfren e Miquerinos, filho e neto de Quéops, respectivamente.
Segundo informações do ministério egípcio, a pirâmide de Quéfren, com 136 metros de altura, é a segunda pirâmide mais alta de Gizé. Ela foi concluída por volta de 2570 a.C. e, ao ser observada, parece ser maior do que a Grande Pirâmide, pois foi construída em um terreno mais elevado. Diferente das construções irmãs, seu topo ainda conta com o revestimento original de calcário polido, e seu entorno é decorado com várias estátuas de Quéfren, um templo e outra grande atração, a Grande Esfinge.
Já a última das pirâmides de Gizé, construída para Miquerinos, filho de Quéfren, foi finalizada por volta de 2510 a.C. Ela é a menor das três pirâmides principais, com 62 metros de altura. Acredita-se que o faraó Miquerinos tenha falecido antes da conclusão da estrutura, deixando algumas pedras inacabadas, segundo informa o órgão de turismo egípcio. A construção é acompanhada por três pirâmides menores, além de um templo que continha muitas estátuas do Rei.
Necrópole de Gizé
As três principais pirâmides egípcias fazem parte de um complexo funerário chamado Necrópole de Gizé, que conta com muitas tumbas e locais de sepultamento, além do local de descanso dos três faraós.
O nome do local, segundo o ministério egícpio, vem da palavra grega antiga “nekropolis”, que significa “cidade dos mortos”. Muitas das tumbas e cemitérios no complexo de Gizé foram adicionadas após a construção das grandes pirâmides, inclusive durante as Quinta e Sexta Dinastias (cerca de 2500 a 2180 a.C.).
Ao redor dessas três pirâmides principais, existem várias pirâmides subsidiárias menores que servem de túmulos para mulheres reais. Existem três pequenas pirâmides, algumas com apenas 20 metros de altura, que são as tumbas das esposas e irmãs de Quéops, popularmente conhecidas como Pirâmides das Rainhas. Há também os locais de descanso da mãe de Quéops, Hetepheres, bem como Khentkaus, filha de Miquerinos.
Segundo o Ministério de Turismo do Egito, existem muitas estruturas funerárias de topo achatado, ou seja, a que não tem o topo triangular como as pirâmides, chamadas mastabas. Elas eram usadas para os sepultamentos de parentes ou funcionários de menor importância dos reis, e eram dispostas ao longo de ruas e avenidas da necrópole. Essas foram construídas entre 2575 e 2465 a.C. Também é possível ver túmulos pertencentes aos trabalhadores que passaram até 85 anos construindo as três pirâmides e o restante do complexo de Gizé.
A Grande Esfinge
A Grande Esfinge de Gizé é uma estátua antiga de 73 metros de comprimento que retrata um homem com o corpo de um leão, esculpida na rocha ao longo da calçada que ligava a pirâmide de Quéfren ao templo que fica no mesmo complexo. Segundo o Ministério de Turismo egípcio, o nome “esfinge” foi dado pelos antigos gregos, pois a escultura se assemelhava à criaturas do mesmo nome da mitologia grega. Para os árabes, ela era conhecida como Abu Al-Hol, que significa “Pai do Terror”.
Ainda segundo o ministério, acredita-se que a esfinge tenha sido esculpida durante o reinado de Quéfren (por volta de 2558 a 2532 a.C.) e que o rosto humano da escultura tenha sido baseado nas próprias características do faraó.