Quando pensamos em animais inteligentes, costumamos lembrar de cães, golfinhos, corvos e até elefantes. Mas existe uma criatura marinha que surpreende cientistas há décadas pela sua inteligência fora do comum: o polvo.
Apesar de não ter esqueleto e parecer estranho aos olhos humanos, o polvo possui habilidades que desafiam tudo que achávamos saber sobre o mundo animal.
Um cérebro diferente de tudo
O polvo possui nove cérebros: um central, que coordena funções gerais, e um mini cérebro em cada um de seus oito braços. Isso permite que seus tentáculos atuem com autonomia — enquanto um braço abre um pote, outro pode estar explorando um caminho diferente.
Se isso já parece impressionante, saiba que polvos têm memória, aprendem por observação, resolvem problemas e até reconhecem humanos. Em aquários, alguns são capazes de desparafusar tampas, abrir portas e até fugir silenciosamente durante a noite.
Casos reais de fuga
Um dos casos mais famosos ocorreu no aquário da Nova Zelândia, onde um polvo chamado Inky escapou do seu tanque, rastejou pelo chão até um ralo e seguiu para o mar. A história ficou famosa no mundo todo, e é só um dos muitos registros de fugas engenhosas realizadas por esses animais.
Eles também pintam e sonham
Além de serem mestres da camuflagem — mudando de cor e textura em milésimos de segundo —, há registros de polvos interagindo com objetos como brinquedos, criando padrões e até expressando “preferências”.
Pesquisas com polvos dormindo mostraram que eles entram em fases semelhantes ao sono REM — sugerindo que podem ter sonhos.
DNA de outro mundo?
Estudos genéticos apontam que os polvos possuem mais genes que os humanos, e seus padrões de RNA são altamente mutáveis, o que os torna seres biologicamente únicos.
Há cientistas que brincam: “se existirem alienígenas entre nós, eles provavelmente estão no fundo do mar”.